sexta-feira, 17 de outubro de 2003

Lei da Oferta e da Procura - a questão brigantina

Num só pulo, Bragança deixa definitivamente o anonimato das pequenas cidades do interior português e entra pelo olhos de toda uma Europa que lê a "Time".
O mercado brigantino da prostituição tem funcionado, até aqui, de forma satisfatória, havendo um equilíbrio entre a oferta e a procura que permite uma política de preços ajustada ao poder aquisitivo dos clientes destes serviços (maioritariamente homens residentes na cidade).
Acontece, porém, que a operação de marketing lançada pela "Time" peca por excesso e apregoa uma oferta em quantidades que em nada têm paralelo com a realidade da cidade.
As hordas de turistas sexuais que irão começar a afluir a Bragança demandando os serviços que viram publicitados na revista vão desequilibrar o mercado, provocando uma inevitável subida dos preços que, em última análise, irá prejudicar os clientes nacionais com menor poder aquisitivo.
Claro que a economia da região sofrerá um impacto positivo em sectores ligados à restauração, hotelaria e transportes, mas a líbido dos homens de Bragança pagará um preço elevado por tal benefício na economia local.

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