Tal como se previra no último post antes de férias, Soares avançou para a pré-candidatura presidencial, esmagando Manuel Alegre que, antes dele, se fizera ao mesmo caminho.
É no mínimo divertido assistir às dores tomadas pela Direita relativamente ao destino de Alegre. Quem lhes adivinharia tanta preocupação pelos sentimentos feridos do poeta tantas vezes apodado por esta mesma Direita de "extremista radical do PS"? Mas compreende-se que o nervosismo vá aumentado à medida que o tempo passe e o Professor continue silencioso.
Já aqui foi dito que não é um bom augúrio de maturidade democrática a candidatura de Soares. Ainda que, atendendo às restantes pré-candidaturas (mais ou menos assumidas), seja aquela que, aparentemente, melhor servirá os interesses do país. O argumento da idade, por ser ridículo, nem merece comentário nestas linhas!
É, isso sim, de lamentar que o sistema democrático tenha sido incapaz de produzir, nas gerações posteriores à de Soares, políticos com condições de desempenhar o cargo com igual ou superior competência. Pensemos por instantes nas eleições presidenciais que se seguirão... Cavaco não arriscará uma terceira derrota eleitoral e, portanto, não será candidato; Soares, dificilmente terá condições físicas e psíquicas para se recandidatar. O "vazio" à esquerda poderá então ser preenchido por Vitorino, Alegre, Gama ou Guterres, mas... e à direita?
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