quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006
Escolas
A decisão de fechar um tão elevado número de escolas um pouco por todo o país é, no mínimo, discutível. O facto de estas escolas estarem maioritariamente localizadas em regiões do interior, assoladas pela desertificação, torna necessário um cuidado redobrado na apreciação de cada caso.
É certo que os recursos ministeriais são escassos e que é possível proporcionar melhores condições de ensino se esses recursos forem canalizados para estruturas centralizadas, todavia, essa centralização arrancará os poucos jovens e crianças que ainda restavam e, em muitos casos, os seus pais, também eles jovens e indispensáveis ao combate urgente contra o êxodo rural.
Sócrates diz que esta decisão não é por uma questão de dinheiro. Não é verdade. Trata-se de uma decisão motivada por preocupações financeiras, legítimas, mas que devem ser assumidas enquanto tal. De igual forma, devem ser estimados (e publicados!) os custos, também eles financeiros e de sustentabilidade territorial associados ao encerramento destas escolas. A política (gestão da coisa pública) só pode ser feita assim, com transparência.
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