segunda-feira, 31 de julho de 2006

Belgais/Bahia


Maria João Pires excedeu-se. Quero acreditar que os problemas de saúde recentes justificarão, pelo menos em parte, a falta de respeito pelas instituições culturais e educativas portuguesas e, em última análise, pelo próprio País. Portugal tem em MJP aquilo de que mais se pode orgulhar e é certo que nem sempre soube reconhecer o mérito que, lá fora, há muito era aclamado.

No entanto, a arrogância com que reclamava apoios financeiros para o seu projecto de Belgais, que é sem dúvida meritório, sempre me provocou estranheza e até alguma irritação. O mérito artístico não pode justificar caprichos autoritários que, não raras vezes, configuravam chantagens públicas com o Estado Português.


NOTA: Desejo o maior sucesso para o projecto Belgais II, desta vez na Bahia, e aproveito o mote para aconselhar a MJP maior moderação quando solicitar (exigir?) apoios ao Estado Brasileiro. É que nem todos os governantes têm a paciência dos nossos...

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Uma Batalha ganha

A recuperação do Cinema Batalha representa uma vitória na guerra contra a desertificação da baixa portuense, ainda que muito haja ainda a fazer. O espaço está decorado com sobriedade e bom gosto, a música ambiente é escolhida criteriosamente e o serviço, não sendo de deslumbrar, também não compromete.

A vista oferecida pelo bar situado na cobertura do edifício é única.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Por Ruas e Vielas

As declarações irreprodutíveis de Fernando Ruas são reveladoras de uma forma de exercer o poder autárquico que nos parecem, hoje, passados que são 32 anos sobre o 25 de Abril, algo de inconcebível.
O apelo à lapidação dos inspectores do Ministério do Ambiente representa o grau zero da política.
Exige-se que o Ministério Público cumpra a sua função.

terça-feira, 4 de julho de 2006

Goleada

Sócrates já deu goleada neste Mundial 2006. A substituição de Freitas do Amaral e consequente mini-remodelação governamental foi, provavelmente, a menos contestada de sempre. A Oposição, à semelhança da generalidade da opinião pública, está com o corpo em Portugal mas com a cabeça na Alemanha. Ditosa pátria...